Meio Ambiente

  • Apresentação em Painel

Apocynaceae e Rubiaceae do Parque Estadual do Guartelá, Tibagi, Paraná, Brasil

Layni Praxedes Nobre, Caio Eduardo Melo de Souza, Raquel Aparecida Ronqui, Renata Giassi Udulutsch. Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Assis- SP, Departamento de Ciências Biológicas, layni.nobre@hotmail.com

Apocynaceae é uma família constituída por aproximadamente 200 gêneros e 2.000 espécies, sendo representadas no Brasil por 41 gêneros e cerca de 376 espécies. Rubiaceae representa a família mais abundante dentro da ordem Gentianales, possuindo 650 gêneros e 13.000 espécies, sendo que no território brasileiro são encontrados 110 gêneros e em torno de 2.000 espécies.¹ A região do Parque Estadual do Guartelá (PEG), foco do presente estudo, possui grande interesse na conservação ecológica local, devido sua abundante diversidade e riqueza da fauna e flora. A área do parque está situada no limite sul do Cerrado, contendo também fragmentos de Campos Rupestre e de Floresta Ombrófila Mista. O presente trabalho teve como proposta o estudo taxonômico das famílias Apocynaceae e Rubiaceae presentes no PEG, através do levantamento florístico e da elaboração de chaves de identificação para as espécies coletadas. As amostras foram coletadas em quatro períodos, sendo dois em época de seca e dois em período chuvoso, ao longo das trilhas do PEG. As espécies coletadas estavam em estado fértil, possibilitando o desenvolvimento, com base em caracteres vegetativos, das chaves de identificação. Foram registradas 6 espécies de Apocynaceae, sendo que para as espécies Forsteronia refracta, Condylocarpon isthmicum e Peplonia axillaris foram coletados dois exemplares de cada, caracterizando as espécies com maior representatividade. A família Rubiaceae foi representada por 4 espécies, sendo que Borreria poaya foi a mais encontrada, com 6 exemplares. A espécie Coccocypselum aureum foi coletada pela primeira vez no PEG e é o primeiro registro para a Região Sul do país. Os resultados sugerem que com o desenvolvimento de novos trabalhos a tendência é que ocorram novos registros de espécies ainda não encontradas para a região do PEG.

Avaliação do potencial alelopático e herbicida de Axonopus pressus (Poaceae)

Edivaldo Rodrigues Martins Junior, Rosana Marta Kolb, Unesp Assis, FCL, Ciências Biológicas, emjunio@bol.com

Estudos em alelopatia visam compreender interações benéficas ou prejudicais entre uma planta sobre outra, através de biomoléculas denominadas de aleloquímicos, que são liberadas no ambiente por lixiviação, volatização, exsudação radicular e/ou pela decomposição de resíduos vegetais podendo afetar germinação e/ou desenvolvimento da planta receptora. A alelopatia vem sendo estudada como um mecanismo de controle de espécies invasoras. Problemas causados por invasoras são de grande magnitude como exclusão de espécies nativas, mudança nos regimes de água, fogo e condições do solo. Espécies nativas que apresentem potencial alelopático são de grande importância para reduzir o domínio e os impactos causados pelas invasoras. Axonopus pressus (Nees ex Steud.) Parodi é uma gramínea nativa, perene, com até 1m de altura. Na área de Cerrado da Estação Ecológica de Assis (EEA), esta espécie forma manchas praticamente homogêneas, com manchas da espécie invasora Urochloa decumbens (Stapf) R.D. Webster em seu entorno. A partir dessa observação, esse estudo visou testar o potencial alelopático e herbicida de A. pressus sobre a germinação e crescimento inicial da invasora U. decumbes (braquiária) e de uma espécie modelo, de rápida germinação e altamente sensível a aleloquímicos, Cucumis sativus L. (pepino). As folhas e raízes de A. pressus foram obtidas na EEA em maio de 2016; estas foram secas e trituradas em moinho para obtenção dos extratos aquosos (10 g em 100 mL de água destilada). Caixas plásticas tipo gerbox, forradas com papel filtro, receberam 10 mL de cada extrato. Cada tratamento contou com quatro repetições de 25 sementes por espécie. Os experimentos foram mantidos em câmara de germinação a 25°C com fotoperiodo de 12 horas por 5 dias. Foram determinados a percentagem de germinação, o tempo médio de germinação (TMG), o comprimento do hipocótilo e da raiz principal e o número de raízes secundárias. O extrato foliar reduziu significativamente a germinação de braquiária e aumentou o TMG do pepino. Este extrato também reduziu o comprimento da raiz principal e o número de raízes secundárias do pepino. O extrato das raízes não afetou os parâmetros de germinação, apenas o desenvolvimento. Para braquiária houve estímulo do crescimento da raiz, já para pepino, houve redução do crescimento da raiz e do hipocótilo. Os resultados obtidos indicam o potencial alelopático de A. pressus, sendo que seu extrato foliar mostrou efeito herbicida pré-emergente sobre braquiária. O efeito inibitório pós-emergente, tanto do extrato foliar quanto o de raízes, deveria ser testado com outras invasoras, já que houve menor crescimento em pepino.

Caracterização quantitativa de caracteres anatômicos foliares de macrófitas

Guilherme Maekawa Casagrande 1 , Davi Rodrigo Rossatto 2 , Rosana Marta Kolb 1 . 1 Unesp, Assis, FCL. 2 Unesp, Jaboticabal, FCAV, Ciências Biológicas. guilhermemaekawa94@gmail.com

Macrófitas são plantas visíveis a olho nu, que desempenham relevante papel ecológico em ambientes aquáticos. Para ocupar estes ambientes, as macrófitas devem apresentar adaptações morfoanatômicas relacionadas com a captação e o armazenamento de gazes, como produção de aerênquima, associado à presença de células do esclerênquima para garantir sustentação aos seus órgãos. Trabalhos sobre a anatomia foliar de macrófitas são escassos, tendo como foco análises qualitativas. Diante do cenário exposto, este estudo visou contribuir com dados quantitativos, avaliando a espessura de tecidos foliares e de parâmetros estomáticos (analisados na face adaxial das folhas) em macrófitas. Foram selecionadas 11 espécies, com maior abundância de indivíduos, encontradas na Lagoa do Jacaré (19º28'12.51"S e 56º54'31.80"O), localizada no município de Corumbá - MS. Foram coletadas folhas de três indivíduos das seguintes espécies (n=3): Acroceras zizanioides (Kunth) Dandy (Poaceae), Cyperus gardneri Nees (Cyperaceae), Echinodorus paniculatus Micheli (Alismataceae), Eichhornia crassipes (Mart.) Solms (Pontederiaceae), Eleocharis elegans (Kunth) Roem. & Schult. (Cyperaceae), Limnobium laevigatum (Humb.; Bonpl. ex. Willd.) Heine (Hydrocharitaceae), Ludwigia helminthorrhiza (Mart.) H. Hara (Onagraceae), Nymphaea amazonum Mart. & Zucc. (Nymphaeaceae), Pistia stratiotes L. (Araceae), Pontederia parviflora Alexander (Pontederiaceae) e Salvinia auriculata Aubl. (Salvinaceae). As amostras foliares foram processadas histologicamente para obtenção de seções transversais (visando à mensuração dos tecidos) e paradérmicas (para mensuração dos parâmetros estomáticos). Não foi possível realizar a medição de parâmetros estomáticos em P. stratiotes e S. auriculata devido à dificuldade em dissociar as epidermes e pela abundância de tricomas que dificultou a visualização dos estômatos. Na maioria das espécies, os estômatos foram grandes e a densidade média estomática variou de 39,8 a 342,6 estômatos.mm -2 . Estômatos grandes normalmente são associados com maior transpiração, ocorrendo em plantas que não apresentam restrições hídricas em seu ambiente, caso das macrófitas. A espessura das folhas e de seus tecidos variou consideravelmente entre as espécies. A cutícula foi fina e a espessura média da epiderme variou de 8,5 a 52 µm; o mesofilo em geral apresentou-se bem desenvolvido, resultando em folhas espessas. O mesofilo apresentou-se espesso devido ao aerênquima bem desenvolvido, garantindo flutuação para algumas espécies e o transporte de oxigênio para as raízes que estão submersas. Assim, a anatomia foliar das macrófitas é voltada para captação de oxigênio, um recurso escasso em ambientes aquáticos.


Composição florística do Parque "José Domingos Coelho" no Município de Assis-SP

Evaldo Quirino dos Santos, Renata Giassi Udulutsch. 1. UNESP - Universidade Estadual Paulista - Assis/SP Laboratório de Sistemática Vegetal, evaldobiologo@gmail.com

As floras nativas e exóticas dos parques das cidades traz um grande beneficio aos centros urbanos, sendo consideradas enriquecedoras e com alta relevância devido as suas funções biológicas, capazes de modificar o cenário de uma cidade. Desta forma, este trabalho teve como objetivo fazer o levantamento do componente arbóreo do Parque "José Domingos Coelho" e descrever a forma de dispersão das sementes. O levantamento de campo foi realizado na área interna do parque em 2015, as coordenadas 22°39'28''S, 50°25'39.1''0.A coleta de dados florísticos foi realizada por meio de caminhadas aleatórias nas vias e trilhas e alguns pontos isolados do parque. Foram identificadas 27 famílias botânicas e 59 espécies,com destaque para a família Fabaceae, que foi representada por 7 espécies. Quanto à cobertura vegetacional original do parque, foi identificado que 80% das espécies são nativas, com a ressalva para algumas espécies nativas que foram plantadas, e 20% caracterizadas como exóticas plantadas aleatoriamente. Com relação à dispersão dos propágulos, 40,7% das espécies possuem sementes que são dispersas pelos animais, o que pode explica a presença considerável de avifauna no interior do parque, já 30,50% das espécies possuem sementes dispersa pelo vento e 28,9% das espécies possuem mecanismo de dispersão por explosão lançando suas sementes por longos caminhos. O levantamento possibilitou demonstrar que os componentes arbóreos no interior do parque são significativos e atrativos para alimentação da fauna, e ressalta uma importância na qualidade de vida da  população devido a sua composição florística.

Efeitos de herbicida em cianobactérias de ambientes lóticos.

Amanda Concheta Mascai Piva, Ciro C. Z. Branco, Régis de C. Oliveira, Régis de Campos Oliveira, Lucas Vilas Boas, Faculdade de Ciências e Letras em Assis, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Biologia Aquática, Ciências Biológicas, amandaconcheta@hotmail.com

Em decorrência do uso excessivo de herbicidas no país, sendo o estado de São Paulo o estado que mais faz uso do herbicida, além da abordagem de alguns trabalhos científicos sobre organismos de ambientes lóticos, principalmente as cianobactérias, mostrarem que esses seres apresentam uma densidade não esperada segundo as características de cada espécie, um dos motivos pode estar relacionado com o contato do agrotóxico com esses ecossistemas. O presente estudo tem o objetivo demonstrar que as comunidades de cianobactérias de ambientes em que houve intoxicação por herbicida são afetadas de forma a resistirem a esses compostos e se proliferarem de maneira maior que os outros organismos do local. Por meio de experimentação, está sendo utilizadas algumas espécies desses seres para analisar suas reações em contato com algumas concentrações de um herbicida à base de glifosato, um dos mais usados mundialmente. Com teste realizados a fim de analisar este organismo em contato com diferentes concentrações de herbicida, utilizando três espécies de cianobactérias está sendo possível observar, com base em dados obtidos durante o experimento, mas que só poderão ser comprovados mediante análise estatística final que, em algumas concentrações, os organismos estudados estão sofrendo alteração em seu processo de fotossíntese, respiração e nos pigmentos, sendo as concentrações de maior e menor valor as mais impactantes. A partir da análise de dados que será feita pelo programa estatístico BioEstat 5.0 será possível constatar se o uso de herbicidas próximo à ambientes lóticos, provoca consequências para as cianobactérias, e dessa forma afeta negativamente todo o local.

IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DE CERIANTHARIA (CNIDARIA, ANTHOZOA) DA COLEÇÃO DO MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DA FLÓRIDA (FLMNH) - EUA

Suraia Omar El Didi, Sérgio Nascimento Stampar, Campus de Assis, FCL, Ciências Biológicas, susu.eldidi@gmail.com

O filo Cnidaria é dividido em dois subfilos, Medusozoa e Anthozoaria. Este último não apresenta a forma medusoide, portanto só há pólipos. Uma de suas subclasses, e a menos estudada, é Ceriantharia, que apresenta grande distribuição pelos oceanos e são muito encontrados em zonas costeiras. Ainda assim, algumas áreas são pouco estudadas e praticamente sem registros para o grupo. Este é o caso de grande parte do Oceano Índico e vastas áreas do Oceano Pacífico. Desta maneira, as coleções de museus são fontes extremamente importantes para o reconhecimento de fauna de localidades pouco estudadas. Por esse motivo, o projeto se dedicou a estudar materiais do Museu de História Natural da Flórida (FLMNH) - EUA. O projeto foi realizado no LEDA (Laboratório de Evolução e Diversidade Aquática) na FCL UNESP - Assis, com vinte indivíduos da subclasse Ceriantharia, trazidos do Museu de História Natural da Flórida (FLMNH). Esses indivíduos foram analisados morfologicamente por dissecção e tiveram seus mesentérios, tentáculos labiais e marginais contados, a coluna e a faringe medidas, além de ter, é claro, as cnidas analisadas e mensuradas. Todas as análises foram feitas baseadas na literatura e estudos de diversos autores da área. Algumas espécies foram reconhecidas, como é o caso de Ceriantheopsis americana e três indivíduos de Isarachnanthus bandanensis, alguns só puderam ser identificados ao nível de gênero, dentre eles estão dois Ceriantheomorphe sp., Botruanthus sp., Cerianthus sp.1 e Cerianthus sp. 2, foi identificado ainda um da ordem Actiniaria. Alguns, devido à deterioração, não puderam ser identificados. Entretanto, seis indivíduos foram identificados como do gênero Arachnanthus, foram coletados no Mar Vermelho na região de Tabuki, Arábia Saudita. O interessante é que, comparado às demais espécies do gênero, é possível reconhecer vários caracteres em divergência. O número de tentáculos marginais, arranjo dos mesmos, número de mesentérios ligados à sifonóglife, presença de acontioides apenas em determinados mesentérios e esquema dos mesentérios. Desta maneira, estes espécimes foram reconhecidos como uma nova espécie, sendo a primeira do gênero registrada no Oriente Médio. O projeto foi eficaz em demonstrar que coleções de museu continuam extremamente importante, pois podem guardar espécies que ainda nem foram reconhecidas pela ciência. A descrição da nova espécie e lista de identificação dos materiais contribuirá bastante no estudo do grupo em subsequentes estudos.

Levantamento florístico de espécies arbóreas em um ecótono savânico-florestal em Assis, SP.

Bruno Bravos Cidrão, Renata Giassi Udulutsch, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - Campus de Assis, Ciências Biológicas, brunocidrao@hotmail.com

A cidade de Assis é caracterizada por apresentar áreas de cerrado, com componente arbóreo característico, e áreas ocupadas por cerradão e floresta estacional semidecidual, as quais estão passando por um processo de adensamento devido à diminuição das queimadas. A Universidade Estadual Paulista, Campus de Assis, apresenta várias espécies de plantas nativas características destas fisionomias, além de espécies introduzidas. Considerando a riqueza da área e os poucos estudos florísticos na região, foi realizado um levantamento das espécies arbóreas do Jardim Botânico "Dr. Aldo Luiz Klein" (UNESP, Campus de Assis), com o objetivo de contribuir para o conhecimento sobre a flora da região. O material, após coletado, foi herborizado, identificado de acordo com suas características vegetativas e reprodutivas e inserido no Herbário Assisense (HASSI). Como resultado foram amostradas 56 espécies, distribuídas em 24 famílias, de um total de 80 indivíduos coletados. As famílias com maior riqueza de espécies foram Myrtaceae (10 espécies), Fabaceae (9 espécies), Apocynaceae (4 espécies) e Bignoniaceae (4 espécies). As famílias restantes foram representadas por três ou menos espécies, sendo elas Anacardiaceae, Annonaceae, Boraginaceae, Caricaceae, Chrysobalanaceae, Combretaceae, Euphorbiaceae, Erythroxylaceae, Lacistemataceae, Lauraceae, Malvaceae, Moraceae, Moringaceae, Polygonaceae, Proteaceae, Rhamnaceae, Rutaceae, Salicaceae, Urticaceae e Volchysiaceae. Os resultados encontrados corroboram com estudos realizados em áreas próximas, nos quais as famílias mais ricas são as mesmas deste estudo.

Superação da dormência tegumentar em sementes de Chamaecrista Moench

Ramon Monteiro Bailon, Jonathan Wesley Ferreira Ribeiro e Rosana Marta Kolb, FCL Unesp Assis, Ciências Biológicas. ramonbailon2009@hotmail.com

A dormência tegumentar caracteriza-se pela impermeabilidade do tegumento à água e gases, inibindo o processo de germinação. Sendo o tipo de dormência mais comum em leguminosas tropicais, esta característica consiste em um importante mecanismo de sobrevivência, distribuindo a germinação no tempo e espaço. Porém, pode dificultar a obtenção de mudas de espécies nativas para programas de restauração ecológica. Levando essas informações em consideração, este estudo teve como objetivo avaliar a eficiência da escarificação mecânica e do choque térmico na superação da dormência tegumentar de sementes das espécies herbáceas Chamaecrista flexuosa e C. ramosa var. parvifolia (Fabaceae). Frutos maduros foram colhidos de indivíduos (n ≥ 10) ocorrentes em áreas de borda de cerrado sensu stricto ou pastagens abandonadas na Floresta Estadual de Assis, Assis, SP. Sementes de ambas as espécies foram submetidas a quatro tratamentos de choque térmico, nas temperaturas de 60, 90, 120 e 150°C durante um minuto em estufa; outras sementes foram escarificadas mecanicamente com o auxílio de uma lixa. Todos os tratamentos aplicados foram comparados com um grupo controle, contendo sementes sem nenhum tipo de tratamento. O teste de germinação foi conduzido em câmaras de germinação reguladas à temperatura alternada de 20-30°C e fotoperíodo de 12 horas de luz. Foram utilizadas quatro réplicas de 25 sementes para cada tratamento e grupo controle. Foi avaliado a porcentagem de germinação e o índice de velocidade de germinação (IVG). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) ou teste de Kruskal-Wallis. Não houve diferença significativa entre os tratamentos de choque térmico e o grupo controle, tanto para porcentagem de germinação (≥ 3 ≤ 6% para C. flexuosa e ≥ 2 ≤ 6% para C. ramosa), quanto para o IVG (≥ 0,13 ≤ 0,33 para C. flexuosa e ≥ 0,13 ≤ 0,38 para C. ramosa). Entretanto, o tratamento de escarificação mecânica diferiu significativamente dos demais, proporcionando alta porcentagem de germinação (100% para C. flexuosa e 98,8% para C. ramosa) e altos valores de IVG (15,5 para C. flexuosa e 9,52 para C. ramosa). Portanto, os tratamentos de choque térmico utilizados neste estudo não foram eficazes para a superação da dormência das espécies estudadas. Neste caso, indica-se para estas espécies, a escarificação mecânica para obtenção de altas porcentagens de germinação e alto vigor das sementes.

  • Apresentação Oral

Percepção do ambiente por meio da linguagem artística de assemblagem em aulas de campo em Unidade de Conservação

Elizabete Maria Bellini <elizbellini@gmail.com> Carlos Eduardo Fortes Gonzalez, Claudia Regina Xavier. UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do PR, Campus Curitiba. PPGFCET - Programa de Pós-graduação de Mestrado em Formação Científica, Educacional e Tecnológica.

A Educação Ambiental é um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornem aptos a agir e resolver problemas ambientais. O presente trabalho tem como objetivo analisar a percepção de alunos de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental de escolas da Rede Pública de Ensino, a partir de aulas de campo em Unidade de Conservação (UC) localizada em municípios da Região Metropolitana de Curitiba, por meio da linguagem artística assemblagem. Em um primeiro momento os alunos foram recepcionados por monitores da Unidade de Conservação Floresta Estaduais Metropolitana, no município de Piraquara e receberam orientações sobre a UC e a aula de campo. Iniciou-se a aula de campo pela exploração da trilha. Os estudantes receberam blocos para anotações e lápis para que pudessem registrar ao longo da aula as observações. Ao retornar à sede da UC, os alunos foram apresentados à linguagem artística assemblagem. O termo originado do francês significa montagem, onde o artista/aluno pode empregar diversos materiais diferentes, como papéis, tecidos e madeira, colados a uma tela. Assim, o estudante consegue ultrapassar as limitações da superfície, rompendo o limite da pintura, criando uma junção da pintura com a escultura. Por meio desta linguagem e anotações realizadas ao longo da trilha, os alunos reproduziram as percepções que tiveram ao longo da aula. Ao término das atividades pedagógicas, foi possível analisar a maneira como os alunos sentiram a trilha, cada qual com suas considerações. Foi possível observar uma compreensão do meio através das imagens retratadas pelos alunos. A compreensão do meio é um dos fatores essenciais para o sucesso da Educação Ambiental.

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